Uma piada só é uma boa piada quando, muito mais do que provocar risos da plateia, consegue levar quem a ouve para uma intensa reflexão. Exatamente por isso a série “Two and Half Men” é a série de maior sucesso do mundo. Ou era. A saída de Charlie Sheen nos ensinou uma lição muito maior do que qualquer piada que o seu personagem já tentou transmitir: a de que há pessoas insubstituíveis.
Charlie era uma delas. Alguns pensam que a série possa seguir com ele. Na boa? Não assisto. Essa série sem Sheen é como Chaves sem Chaves. Sua absurda audiência do primeiro capítulo deve-se ao fato de que o mundo esperava ansiosamente o desempenho de Ashton Kutcher como sendo o centro das atenções da série. Mas se realmente o colocarem como o centro das atenções, então não vai dar certo.
Com o passar das semanas as pessoas vão enjoar, vai perder a graça e a saudade de Charlie Harper vai bater.
Ashton não tem o carisma de Charlie, muito menos sua caricatura pronta de cafajeste. Este era o segredo. A série poderá continuar sendo sucesso se os autores souberem que o foco jamais terá que ser Ashton, pois Ashton só tem presença forte de galã e conquistador, nada a mais. Esse “a mais” atende pelo nome de Charlie Sheen.
O astro da série agora – caso os criadores queiram que “Two and Hald Men” não acabe – tem que ser Alan, irmão de Charlie Harper. Ele é quem carregará o sitcom nas costas, tendo o auxilio de seu irmão.
Mas repito: não assistirei.
Por Breno Cunha
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